sábado, 20 de agosto de 2011

Resenha do Álbum "Takasago Army"


Resenha do álbum "Takasago Army" música por música.

Takasago Army edição especial

Em julho desse ano, a banda Taiwanesa "Chthonic" colocou-se definitivamente entre os grandes do metal na atualidade com o lançamento do álbum "Takasago Army". Esse álbum finaliza um conceito histórico sobre a independência de Taiwan que rendeu inspirações para os três últimos álbuns.


Faixa 01: O tão aguardado pelos fãs, Takasago Army, tem como primeira faixa a envolvente "The Island" que soa como um poema épico do oriente. Uma apresentação em clima de trilha sonora que traz consigo a bandeira dos heróis taiwaneses.

Chthonic e os atores que participaram do clipe "Takao"

Faixa 02: Aumente o som, pois "Legacy Of The Seediq" é um soco na boca do estômago. O clima é de guerra. Os riffs de guitarra de "Jesse Liu" e a bateria de "Dani Wang" te colocam m um canto e ficam batendo durante um bom tempo em seus ouvidos com pegadas ritmicas muito interessantes. O paradoxo gutural de "Freddy Lim" consegue ser bruto para todos os lados ao mesmo tempo que é melódico. Os instrumentos orientais de corda como o "Koto" aparecem com uma certa frequência sempre em um ponto estratégico e muito coeso. Há aqui uma boa sensação de que esse pode ser um grande álbum. Uma música de estrutura muito simples com um refrão complexo e quebrado. Com certeza vai funcionar muito bem ao vivo.

Dani Wang

Faixa 03: Se a primeira faixa trazia um clima do oriente, a terceira faixa "Takao" é praticamente um hino taiwanês. Uma música muito diferente de tudo o que o Chthonic produziu durante toda a sua carreira e com um refrão em "chinê arcaico" muito simpático para você cantar com toda a sua família. Os instrumentos orientais continuam aparecendo e, dessa vez, temos a presença da marca registrada do vocalista que toca o violino de duas cordas (hena). Com certeza será a música mais famosa da banda nos próximos anos. Conceitualmente essa música representa a ida dos taiwaneses para lutar no exército japonês na segunda guerra mundial. O heroísmo e o patriotismo estão em alta nesta faixa.

Jesse Liu

Faixa 04: "Oceanquake" é a prova de que o Chthonic é uma banda capaz de "agitar o Pacífico" (perdoem-me o trocadilho). Em um exemplo de ousadia e criatividade, a música começa pela bateria e logo se apresenta um dueto muito interessante de guitarra rítmica e violino (hena). Sem perder a energia, a música tem várias mudanças muito coerentes chegando a apresentar trechos muito mais melódicos que o comum e em seguida a mesma pegada de peso da segunda faixa "Legacy Of The Seediq". Sem dúvidas uma produção muito moderna de metal extremo com um solo de guitarra redondinho no final e a repetição do dueto entre violino (hena) e guitarra. Tenho certeza de que eles devem estar orgulhosos de ter composto uma música como essa. Estamos na quarta faixa e já sabemos que esse é o melhor do Chthonic.

Cartaz promocional da música "Southern Cross"

Faixa 05: Apesar da flauta indígena no começo, "Southern Cross" se apresena como uma típica música de guitarrista. "Jesse Liu" assumiu o controle e fez "Dani Wang" correr bastante com a bateria para acompanhar o seu ritmo alucinante de cavalgadas. Se tem algo muito característico desse guitarrista é mudar constantemente os riffs e deixá-los complexos ao mesmo tempo que são rápidos. E como não poderia faltar, ao final da música temos um solo de guitarra magnífico. Um dos solos mais bonitos de "Jesse Liu" desde  "Quasi Putrefaction" do antigo album "Chthonic - Seediq Bale". Nota dez para o bom gosto e feeling do
guitarrista e para a banda como um todo.

Doris Yeh e atriz no set de filmagem de "Takao"

Faixa 06: Sem perder o fôlego nem a força, o Chthonic avança para mais uma música bruta. Ouvir "Kaoru" é como participar de um tiroteio. É uma música muito tensa e há um sentimento de luta e derrota predominante na música inteira. Talvez uma das mais pesadas do grupo até hoje. A bateria de "Dani Wang", durante várias vezes no meio da música, passa a impressão de soar como uma arma, uma metralhadora dando tiros como se tudo na banda tivesse realmente aderido ao conceito da guerra. Além de um bom peso e poucas passagens melódicas, na reta final da música, um solo vocal aborígene capaz de levar muito marmanjo às
lágrimas surge como se fosse poesia em meio a derrota. Você pode não fazer ideia do que a voz feminina diz, mas o significado de perda e melancolia é inevitável.

Doris Yeh no clipe "Takao"

Faixa 07: Em "Broken Jade" até as guitarras choram. Depois de 5 faixas pesadas, o Chthonic ainda tem força sobrando para nos apresentar mais uma música incrível. Após ouvir "Kaoru" seus ouvidos clamam por "Broken Jade" que surge muito melódica no começo, mas logo você percebe que a guerra não acabou. É interessante notar que essa música tem um ritmo quebrado que passa de 4 por 4 para 6 por 8 dando uma dinâmica diferente sem soar muito progressivo. Em alguns momentos não parece metal extremo. Após um lindo solo de violino, a guitarra e a bateria comendo solta, eles nos presenteiam mais uma vez neste álbum de infindável surpresas: Ao final, enquanto Freddy grita no refrão: "Leve minha alma pelos ventos do Oceano, pois meu corpo eu deixo para a minha ilha mãe (Taiwan)", há uma voz de um locutor de rádio no fundo anunciando a derrota dos japoneses na segunda guerra mundial. O patriotismo assume proporções muito heróicas. Definitivamente um épico. A banda inteira continua impecável até a sétima música.

Dani Wang, baterista

Faixa 08: Uma pessoa normal não aguentaria mais uma música de carga emocional tão forte. Depois de ouvir "Kaoru" e "Broken Jade" na sequência, nossos ouvidos precisam de uma folga. "Root Regeneration" é tudo o que precisamos. Uma música instrumental com barulhos de água, folhas, ar e todo um ambiente indígena ao meio da mata com uma flauta e uma reza aborígene. Essa música se apresenta como um descanso mental, uma meditação, algo da filosofia cultural dos nativos da ilha (Taiwan).

O vocalista Freddy Lim e sua miniatura

Faixa 09: Agora que você está regenerado, não vá pensar que a guerra acabou. Chthonic apresenta "Mahakala" como a nona faixa e te enche de porradas mais uma vez. A energia e a força deles nesse álbum parecem infindáveis. Depois de um grande conceito trabalhado nas 8 primeiras faixas, "Mahakala" teria tudo para ser uma música mais fraca, afinal é muito difícil manter um ritmo forte no álbum inteiro... Entretanto isso não aconteceu. Eles conseguiram apresentar mais uma música diferente, com outra estrutura, dessa vez com dois solos de guitarra com um deles, o mais melódico, fazendo dueto oitavado com o violino (hena). Depois de uma pancadaria sem tamanho, a música termina melancólica com o vocal de Freddy lamentando profundamente em seus guturais acompanhado do inseparável violino. Uma música que te prepara para a reta final.

Matéria sobre Doris Yeh

Faixa 10: Todos os fãs de Chthonic já sabiam que este era o melhor álbum e que até então eles tinham apresentado 9 faixas impecáveis, mas a força do conceito de Takasago Army não acabou. Ao início de "Quell The Souls In Sing Ling Temple", se você ouviu o álbum na íntegra, você se sentirá um guerrilheiro cansado, afinal, depois de travar várias batalhas em diferentes músicas com uma carga de peso tanto técnico quanto emocional, o álbum já deve ter te comovido ao ponto de te deixar abatido. Mas não desista agora! Logo no começo você receberá mais golpes no ouvido de um guitarrista e de um baterista que não cansam. Eles mantém o ritmo frenético até o último segundo. Entretanto, tradicionalmente, o Chthonic sempre foi bom em Gran Finales. A última música se mostra como uma das mais completas do álbum. Exatamente na metade da música, existe uma pausa instrumental bastante oriental e logo após, o álbum inteiro muda de face. A bateria se empolga e repentinamente temos uma banda de heavy metal melódico com um vocal gutural. O sentimento de satisfação é soberano porque você percebe que mesmo depois de tantos golpes, tantas perdas no meio do caminho, tantas derrotas, ainda existem forças para lutar, para se manter de pé, mesmo que de frente com a morte. A segunda parte da música é daquelas que você vai ficar voltando a música para ouvir várias vezes, pois cada vez que se ouve haverá uma visão diferente. A última faixa é a certeza de que ninguém é capaz de derrotar o senso de independência que os taiwaneses possuem e que se for preciso eles entrarão em guerra por toda a eternidade, porque eles têm força e peso o suficiente para isso.

Foto promocional Takasago Army

O álbum além de dar uma lição de história, contanto fatos verídicos, dá uma lição de patriotismo e mostra que a independência no Taiwan não é um tratado ou simplesmente um feriado, é um conceito cultural de uma civilização que sempre lutou por isso e sofreu uma série de abusos.


Ao final, surpreso e emocionado, tive somente a opção de dar a nota 10. Um álbum perfeito, criativo, minuncioso, cheio de detalhes conceituais, mas sobretudo verdadeiro. Destaque para a evolução da banda como um todo, inclusive para a baixista "Doris Yeh", que mesmo dividindo espaço com a poderosa bateria de "Dani Wang" e a brutal guitarra de sete cordas de "Jesse Liu", conseguiu fazer sua presença valer à pena em vários pontos do álbum. Com certeza um dos melhores lançamentos do ano dentro do estilo.

Felipe Hänsell

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Revelando a História completa de Chthonic (Souls Repoused Trilogy) Parte III

Álbum "Takasago Army", 2011

Capa do Álbum "Takasago Army"
Em 07 de dezembro de 1941, com o ataque a Pearl Harbor, toda a Ásia-Pacífico foi engolida nas chamas da guerra total. Os que estavam na ponta da lança, o domínio japonês no seu vasto império, começava a desmoronar, obrigando os líderes militares do Japão recrutar milhares de jovens de Taiwan para o serviço militar. Por esse tempo, Taiwan foi governada pelo Japão por quase meio século e muitos taiwaneses estavam ansiosos para lutar contra os americanos, tal como tinham sido instruídos a fazer na escola.


Wubus Bawan era órfão cujos pais foram mortos durante a insurreição Wushe contra o governo japonês uma década antes. Como o Japão reforçou seu domínio sobre as montanhas, eles tentaram arrancar mais controle sobre a cultura local, não apenas quanto a tribo Seediq, mas sobre todos os taiwaneses com o objetivo de destruir a sua identidade anterior e substituí-los com uma identidade nova, imperial, japonesa. Eles não pouparam esforços em preparar uma nova geração de jovens Seediq para aprender o "Espírito japonês" e tornar-se leais súditos de um Império que havia caçado e assassinado seus pais menos de uma década antes. Embora esses jovens não marcassem o rosto com as tatuagens escuras de seus pais, suas mentes jovens foram presas no tormento do purgatório, havia um questionamento natural entre os ensinamentos e heranças Seediq, que muitos mesmo pequenos, presenciaram, e também haviam problemas quanto as novas leis e ensinamentos impostos pelo império japonês.

Aos vinte anos, Wubus decidiu afirmar a sua identidade e se juntar seus compatriotas Seediq, alistando-se no Exército de Takasago, um grupo de soldados recrutados de várias aldeias indígenas que se inscreveram para participar e lutar ao lado do Exército Imperial Japonês. Eles, junto com milhares de outros soldados de Taiwan, foram para serem enviados aos campos de batalha do Pacífico, e se envolver em alguns dos combates mais pesados. Estes bravos soldados lutaram com tenacidade e bravura em um esforço para demonstrar seu compromisso com o Império Japonês como cidadãos leais.

Foto promocional 2011
Os soldados Takasago eram descendentes de um povo valente e poderoso das montanhas com uma tradição guerreira muito forte. Eles impressionaram os seus rivais com tenacidade, astúcia e habilidade no campo de batalha para se tornar a unidade de combate mais reverenciada e temida no Exército Imperial Japonês. Pela primeira vez, Wubus foi tratado com um pouco de respeito e admiração dos colonos japoneses. Através de sua coragem no campo de batalha, ele também encontrou uma sensação de liberdade que, aos poucos, facilitou colocar todos os problemas de lado. Finalmente, Wubus sentiu uma sensação de libertação da sua luta interna por uma identidade e percebeu que ele tinha cumprido a obrigação sagrada de seus ancestrais para se testar na guerra e se tornar por completo, um homem Seediq.


No entanto, com o agravamento da situação, o Japão continuava a perder na guerra e os soldados Takasago tinha sido gravemente feridos, bem como, incluindo a Unidade Airborne Kaoru, na qual toda a tripulação se ofereceu para uma missão suicida. Em 15 de agosto de 1945, o grande Império do Japão se rendeu aos Aliados. Wubus e seus compatriotas Seediq sobreviventes, nos voluntários de Takasago, voltaram para casa do serviço e retomaram suas vidas no alto das montanhas de Taiwan.

Espada dos guerreiros de "Takasago Army" é utilizada  como cartaz de anúncio da turnê.
Embora Wubus esperasse para a paz, a situação de Taiwan depois da guerra foi o oposto. Como resultado do armistício (ocasião na qual as partes envolvidas num conflito armado concordam com o fim definitivo da guerra), Taiwan foi entregue às mãos das Nações Unidas. A era japonêsa jazia finalizada, mas uma força política externa havia pisado na terra de Taiwan logo em seguida. Após dois anos de abuso e má administração, o solo de Taiwan foi novamente enegrecida no sangue do massacre de 228. As forças chinesas de Chiang Kai-sheck chegaram em Keelung Harbor envolvendo a formosa Ilha em uma orgia de morte que trouxe a mancha da tristeza e agonia para os taiwaneses de norte a sul. 

"Faixa: Kaoru"

Os jovens que viviam na planície ocidental organizaram uma milícia civil de Taiwan para lutar contra a esmagadora força chinesa. Estes bravos jovens patriotas também realizaram um apelo desesperado para as montanhas de Wushe, com a esperança de recrutar os bravos guerreidos do exército de Takasago com intuito de se unirem na luta pela independência de sua pátria, mais uma vez. Por centenas de anos os governos de Taiwan, sejam eles colonos ou imperiais, chegavam, dominanavam e caíam com o tempo. A única coisa que permaneceu inalterada foi a opressão do povo de Taiwan. Portanto, Wubus e o Exército Takasago concordaram em se juntar a milícia-civil de Taiwan e defender sua ilha à partir da violência aleatória cometida pelas forças chinesas.

Vocalista Freddy Lim o vídeoclipe "Takao"
Em número bem menor, partindo contra ondas de soldados chineses, a milícia civil Taiwan foi derrotada após uma luta sangrenta. Quando a violência se aproximava de seu fim, apenas um punhado de soldados da milícia permaneceian vivo. Os últimos remanescentes dos defensores de Taiwan recuaram para procurar abrigo dentro do Templo Sing-Ling, quando milhares de soldados chineses avançaram sobre a área para saciar sua sede de vingança. Com quase todos mortos e o restante muito ferido, Wabus Bawan e os que restaram do Exército Takasago mantiveram-se firmes e lutaram até o último homem. Cada um dos rebeldes endurecidos enfrentou o inimigo chinês como um mártir para proteger Phuann Tsing-guan, cujo corpo físico estava deitado no porão do Templo Sing-Ling.


Filmagens do videoclipe "Takao"
Antes de cruzar o abismo da morte, Wubus orou com os espíritos de seus ancestrais, pedindo-lhes para proteger Phuann Tsing-guan, e para ajudá-lo a completar sua missão de guardar os descendentes da sua terra - para libertá-los da opressão e da tirania. Como um ato final Wubus Bawan usando as mãos para esculpir duas feridas muito profundas em seu rosto. As linhas riscadas em sua testa e seu queixo brilhavam de tanta honra. Ele levantou suas mãos, tingidas de vermelho com o sangue de seu inimigo vencido, e por isso a gratidão Utux o levou à morte através de Bale Seediq.

Esse é o último capítulo da trilogia, espero que tenham gostado.
Leia essa matéria também em inglês.
Read this note in english

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mais uma postagem sobre o blog "Chthonic Brasil"

Desde a criação do  Fanblog "Chthonic-Brasil" (há duas semanas atrás), tivemos nossos textos e links divulgados em várias redes.  E hoje, apresentarei aqui, uma divulgação em especial. Que ocorreu em um blog qual as pessoas mal conhecem nosso idioma.

Assim que nosso Blog foi divulgado no perfil de facebook do guitarrista da banda "Jesse Black Liu", conhecimos uma talentosa ilustradora: A simpática japonesa Naimei Iemian, que volta e meia faz ilutrações sobre a banda e os conceitos da cultura de Taiwan.

Hoje, ela divulgou em seu blog, o nosso trabalho. Este é um post de divulgação e agradecimento ;)


Para acessar o blog dela e conferir a divulgação, clique aqui!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Revelando a história completa de Chthonic "Souls Repoused Trilogy" - Parte II

Album "Mirror of Retribution", 2009

Capa do Álbum: Mirror of Retribution
Em 28 de fevereiro de 1947 Taiwan se levantarou contra o opressor e corrupto governo Chinês  assumindo a prática pelos aliados após a Segunda Guerra Mundial. Este evento se tornaria conhecido como o Massacre de 228 que seria um golpe profundo no coração da sociedade de Taiwan. Os eventos no final de fevereiro e início de março culminaram em um breve período de controle de Taiwan sobre a sua ilha. Então, em 9 de março, a Divisão 21 das tropas chinesas fortemente armadas desembarcaram ao porto do norte de Keelung, provocando um sangrento e ininterrupto massacre de civis inocentes que durou semanas. As tropas marcharam para o sul e chegaram no centro da cidade de Taichung em 13 de março sob a capa de armaduras leves e metralhadoras montadas. Em um esforço corajoso para resistir às forças chinesas, vários jovens no centro de Taiwan formaram uma milícia voluntária, conhecida como a Brigada 27.

Phuann Tsing-Guan era um jovem do Templo Sing-Ling, que, dizia-se, poderia atravessar o véu entre os mundos do Céu e do Inferno. Ele era conhecido como o meio mais capaz de canalizar a fantasmagórica lenda dos Oito generais que protegia seu templo. Quando os seus parceiro sairam para se juntar aos rebeldes da Brigada 27 na luta contra os invasores chinês, Tsing-Guan fez um pacto solene com eles: deixaria o seu corpo terreno no porão do Templo Sing-Ling para entrar no mundo espiritual e roubar o Livro da Vida e Morte dos poços mais profundos e encharcados de sangue, ao fundo do Inferno. Seu propósito era exercer o livro sagrado como uma arma para controlar a vida e a morte no mundo mortal e para proteger as vidas de seu povo que se esvaiam covardemente nas mãos dos tiranos.


Tsing-guan escorregou entre os mundos da vida e da morte para a primeira camada do Inferno do "Espelho da Retribuição", onde viu as almas Taiwan caindo aos milhares para o vazio como uma chuva negra. Ele ficou chocado ao descobrir que a brutalidade do massacre foi muito mais cruel e grave do que ele jamais poderia ter imaginado. Além de presenciar as lamúrias desses espíritos, que tinham acabado de morrer sendo esfolados vivos pelas baionetas dos soldados e humilhados antes da execução, Tsing-Guan ainda teve de enfrentar as torturas do inferno, um labirinto infinito de sangue endurecido, Punição e o horror de sentir seus ossos raspando. Tsing-guan percebeu a sua responsabilidade para o seu povo, uma realização que acendeu seu Destino Divino. Um poder sobrenatural que lhe permitiria esmagar através dos portões que separam os níveis fantasmagórico do mais escuro, chegando até mesmo à parte mais negra do  Inferno.

Antes de Tsing-guan conseguir o Livro da Vida e da Morte, o Rei Fantasma do décimo nível do Inferno enviou seu fantasma ao Templo Sing-Ling para congelar o corpo mortal de Tsing-guan e impedi-lo de libertar o poder do inferno para o mundo. Tsing-guan lutou ferozmente contra as legiões de deuses e fantasmas, que atiraram seus corpos contorcidos em seu caminho.

Foto Divulgação do álbum "Mirror of Retribution"
Até 16 de março havia apenas 40 membros restantes da Brigada 27, que tinha sido caçada e eliminada pela força avassaladora da China. Eles se retiraram de volta para o templo Sing-Ling com o objetivo de se preparar para um confronto final, esperando o pior. O mais sangrento de todos. Com mais de 2.500 frequentadores chinês.

Com as guerras travadas em ambos mundos: dos espíritos e o mundo mortal,os fantasmas uivavam em horror e prazer com a morte e a dor ao redor deles. O evento marcou um cataclismo entre os mundos como forças vivas e mortas, entraram em confronto no que é conhecido na Terra e no Inferno como o Confronto Final em Oo-gu-lam.

Os voluntários de Taiwan foram eventualmente aniquilados pelo exército chinês, pois a estimativa de luta era 60 para 1 à favor do exército Chinês. O Corpo humano de Tsing-guan, que estava no porão do templo Sing-Ling, havia sobrevivido ileso a luta, mas seus poderes sobrenaturais foram revogados pelos fantasmas e deuses do inferno por sua intransigência. Sua alma retornou ao seu corpo, mas ele foi proibido, correndo o risco de punição severa, de retornar ao mundo espiritual. Ao ver os corpos de seus companheiros, família, derrotados e falecidos no campo de batalha, sua aldeia reduzida a cinzas, Tsing-Guan ficou desesperado, optando tirar a própria vida em uma tentativa de entrar novamente no inferno. Ele esperava recuperar o Livro da Vida e da Morte para vingar seus amigos e todos os taiwaneses que morreram durante a guerra de curta duração de resistência. O governo tirânico também tinha que morrer.

Foto Divulgação do álbum "Mirror of Retribution"
Assim que sua alma atravessou, Tsing-guan atirou-se diretamente ao Décimo Nível do Inferno. Sua ira brilhou incandescente, irradiando todo o espectro de seu poder sobrenatural. Não foi suficiente, e Tsing-guan sucumbiu às forças enviadas pelo rei de Hong-do, a cidade fantasma, e pelo rei da Face Cerrada, que na verdade era uma das formas tomadas por Guan yim; a deusa da misericórdia. Tsing-Guan foi finalmente subjugado e despojado de seus poderes.

Tsing-guan violou a fronteira sagrada entre o mundo mortal e o Inferno, e, portanto, a punição definitiva foi concedida a ele. Ele viria a ser o eterno guardião do espelho da retribuição , o único guardião de um vidro maciço polido, refletindo os males cometidos por almas terrenas em um espectro grotesco à medida que passam pelos portões temido Inferno.

Para os primeiros dez anos, ele olhou para o espelho com a morte de seus amigos sendo torturados e mortos pelo regime tirânico. Nos primeiros 60 anos ele olhou para o espelho na derrubada do regime tirânico que havia arruinado sua terra. Por outros mil anos, ele olhou para o espelho como uma nova tirania se levantou e se tornou uma praga sobre a terra. Por mais dez mil anos ele malignamente olhou para o espelho, olhos vidrados no fim remanescente da raça humana. Ainda assim, ele olhou para as imagens refletindo no espelho por mais cem milhões anos como um "corpo com vida" surgiram novos motivos para a poluição da terra miserável. Tsing-guan olhou por um bilhão de anos mais como inúmeras almas passaram por todas as manifestações da criatura, entre as lacunas do nada, até os seis canais de transmigração e finalmente chegou ao fim. E, embora não houvesse mais nada para ver no espelho, ele continuou a olhar, olhos fixos no vazio refletindo de volta para ele.


Depois de centenas de milhões de anos, quando o tempo eo espaço alcançar uma prestação de contas final e um colapso, quando a alma no Inferno servirá sua sentença final, todos os fantasmas e deuses desaparecer como se nunca tivessem existido, Tsing-guan vai continuar olhando para o espelho como a última alma no universo ... Lentamente sumindo no nada de onde todos viemos, em frente ao Espelho da Retribuição, até o final de sua sentença é servido e desbota sua reflexão na sombra, ea sombra desaparece na última memória de tudo o que sempre foi, e desaparece de memória em um eco distante ... e depois .... Apenas o nada.

Leia o texto original em inglês:
Read in English; Chthonic Facebook

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Após Whiplash! vem o Quimeras-MetalBlog!

Enquanto a banda (Chthonic) "agita" o Oceano Pacífico em sua turnê pela Ásia,o blog Chthonic-Brasil continua recebendo um bom número de visitas e graças a isso, temos sempre conteúdo novo para apresentar!


E após a publicação de um texto nosso no site "Whiplash!" foi a vez do Quimeras-MetalBlog ajudar-nos na divulgação do trabalho do Chthonic. O Quimeras é um blog feito de fãs para fãs, onde o objetivo é apresentar as mais diversas bandas de rock pesado do mundo inteiro.


Para ver a materia publicada no Quimeras MetalBlog, clique aqui.
E para finalizar, aproveitamos a chance para fazer um agradecimento à @ChibiHarumi (Harumi Amaterasu) pela simpatia ao receber a matéria de bom grado e publicar com muito entusiasmo!


domingo, 7 de agosto de 2011

Postagem sobre Chthonic no Whiplash!


A text from Chthonic-Brasil was published at "Whiplash.net" =D Whiplash is the best "heavy-metal" site of Brazil! And they have 29.000 followers at twitter. It was a victory!

The text was published in portuguese, but i translated to english in our blog for you read ;) Here
I am REALLY excited!

Leia a matéria no Whiplash! Chthonic - Heavy Metal Made in Taiwan
Assim que iniciado o blog, pensei na possibilidade de enviar matérias sobre os músicos do Chthonic e sobre o trabalho da banda para vários sites especializados. O primeiro site que me veio à cabeça, rapidamente, foi o Whiplash!.

No último ano, o Whiplash! teve mais de 83 milhões de page views e seus números de seguidores no twitter já ultrapassam a incrível marca de "29 mil followers"; No mundo do rock, que já tem um público seleto por natureza, isso é um número muito expressivo, ainda mais no Brasil.

Sabendo de todas essas informações, enviei uma matéria o mais rápido que pude na esperança que pudessem publicá-la e o resultado foi positivo. Para ler a matéria que foi publicada no whiplash! você pode ver aqui mesmo no blog ou ler no próprio site do Whiplash!

Embalagem promocional do novo album Takasago Army

É um momento especial, porque queremos mais visualizações para o blog e lendo os arquivos do site, vi que a  última notícia sobre o Chthonic foi apenas em 2008. O que significa que temos muito espaço para trabalhar a divulgação da banda!

Agradecemos a todos que tem acompanhado o blog e mantemos a nossa promessa: Em uma semana e meia atingimos mais de 800 visualizações, se em duas semanas chegarmos em 1000 visualizações faremos uma matéria especial sobre o Chthonic!

Um abraço a Todos.

Felipe Hänsell

Gostou dos textos?  Gostaria de saber mais sobre a banda? Siga nossa página no facebook (Chthonic Brasil) e receba as atualizações em seu próprio perfil!

sábado, 6 de agosto de 2011

Chthonic Lyrics (Unlimited Taiwan)

Picture from Mirror of Retribution
Leia essa matéria em Português

Over the years, heavy metal has become a kind of music traditionalist and conservative. There are few songs that move us or cause a feeling of struggle, unity, humanity, revolt. Talking about politics, not only with the Brazilian head bangers, but with all the Brazilian people, is a very hard thing to do.

After passing a dictatorship of the military regime which lasted from the years 1964 to 1985, established itself as a concept in the lives of Brazilian politics was something that should not be discussed. However, the fact of not discussing politics, took over 15 years of financial difficulty for the country.

I stop and think: What was the mission of rock and heavy metal during those 15 years? How many bands in Brazil were able to pass the message of freedom and democracy? Many Brazilians maybe not think like me, but just watch the video and observe the lyrics;

The Chthonic is a black metal band that gives us a history lesson and democracy lesson. I would like to see a band of these here in Brazil.

Chthonic

Unlimited Taiwan

Limited vision, limited union
Unlimited division,unlimited illusion
Limited freedom, limited right
Unlimited island, unlimited fight

Our hearts are pounding with a heavy beat
The rights of millions lay at your feet
A society marching needs true justice
A world like this needs true union

Limited vision, limited union
Unlimited division,unlimited illusion
Limited freedom, limited right
Unlimited island, unlimited fight

We have the land, the strength, the power
Rise up, overcome, take it over
Ignored too long, we became stronger
Tear down the walls and let us run over

Limited vision, limited union
Unlimited division,unlimited illusion
Limited freedom, limited right
Unlimited island, unlimited fight
Limited freedom

Letra de Música e tradução (Unlimited Taiwan)

Foto divulgação álbum "Mirror of Retribution"
Read this note in English

Com o passar dos anos, o heavy metal tem se tornado um estilo de música tradicionalista e conservador. São poucas as composições que nos emocionam ou provocam algum sentimento de luta, união, humanidade, revolta. Falar de política, não apenas com o público heavy metal, mas com o  brasileiro em geral, é uma atividade muito delicada de se fazer.

Depois de passarmos por um ditatura do regime militar que durou do ano 1964 até 1985, estabeleceu-se como conceito na vida dos brasileiros que política era algo que não deveria ser discutido. Entretanto, o fato de não discutir política, nos tomou mais 15 longos anos de dificuldade financeiras para o país.

Eu paro e penso: Qual foi a função do rock e do Heavy Metal durante esses 15 anos? Quantas bandas no Brasil conseguiram divulgar mensagens de liberdade e democracia? Muitos brasileiros talvez não pensem o mesmo que eu, entretanto apenas assista o vídeo e observe a letra;

O Chthonic é uma banda de Black Metal que nos dá uma aula de história e democracia. Gostaria de ver uma banda dessas aqui no Brasil.



O conteúdo do vídeo explica-se por si só.

Chthonic
Unlimited Taiwan

Limited vision, limited union
Unlimited division,unlimited illusion
Limited freedom, limited right
Unlimited island, unlimited fight

Our hearts are pounding with a heavy beat
The rights of millions lay at your feet
A society marching needs true justice
A world like this needs true union

Limited vision, limited union
Unlimited division,unlimited illusion
Limited freedom, limited right
Unlimited island, unlimited fight

We have the land, the strength, the power
Rise up, overcome, take it over
Ignored too long, we became stronger
Tear down the walls and let us run over

Limited vision, limited union
Unlimited division,unlimited illusion
Limited freedom, limited right
Unlimited island, unlimited fight
Limited freedom

Tradução:
Chthonic
Ilimitada Taiwan

Limitada visão, limitada união
Ilimitada divisão, ilusão ilimitada
Liberdade limitada, direito limitado
Ilimitada ilha, ilimitada luta


Nossos corações estão batendo com uma batida pesada
Os direitos de milhões de pessoas estava a seus pés
A sociedade precisa marchar para a verdadeira justiça
Um mundo como este precisa de uma verdadeira união


Limitada visão, limitada união
Ilimitada divisão, ilusão ilimitada
Liberdade limitada, direito limitado
Ilimitada ilha, lutar ilimitada


Nós temos a terra, a força, o poder
Levantem-se, vencidos, assumam o controle
Ignorados por muito tempo, nos tornamos mais fortes
Derrubem as barreiras, nós vamos atropelar


Limitada visão, limitada união
Ilimitada divisão, ilusão ilimitada
Liberdade limitada, direito limitado
Ilimitada ilha, lutar ilimitada
Liberdade limitada

Freddy em um comercial de produto capilar

Poucas vezes eu vi um músico no meio do Heavy metal em geral, fazer parte de um comercial comum. Eu relmente não sabia a probabilidade de isso acontecer, ainda mais com um ídolo Black Metal utilizando "Corpse Paint" em um comercial de produtos capilares.

É óbvio que se tem algo que o Metal pode oferecer ao mundo como demonstração de Status, esse algo mais é, no mínimo, relacionado a cabelo. Prova do que estou falando é o comercial onde o protagonista é o Lead Vocal Freddy da banda Chthonic.



Turnê Takasago Army: "Fotos Doris Yeh"

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Revelando a história completa de Chthonic "Souls Repoused Trilogy" - Parte I

Capa do Álbum Seediq Bale - 2007


Em 2007, o Chthonic lançou o álbum "Seediq Bale" qual seria o primeiro ato de uma trilogia que contaria um pouco sobre a história da cultura do povo de Taiwan.

Falarei neste post sobre o primeiro ato:

Na ilha de Taiwan, a Tribo indígena Seediq vive no alto do Monte Wushe. Apenas os membros da tribo que sobreviveram a uma prova duríssima poderiam ganhar a honra de ser tatuado no rosto e se tornar um "Bale Seediq" (ou Seediq real). Estas marcas, também podem significar que eles possam um dia cruzar a ponte do arco-íris para se juntar com as almas dos antepassados ​​antigos e receber a vida eterna.

Em 1895, o Império japonês começou a governar a sua nova colônia, Taiwan. As montanhas de florestas, as terras dos espíritos ancestrais, foram marcadas pela demanda dos colonizadores para a colheita das imponentes árvores cânfora. Mona Rudao conduziu seu povo, bem armado, para se apresentar às autoridades japonesas, com o objetivo de sobreviver à opressão.

Warrior Seediq (Desenho de Naimei Iemian)
Sob o domínio do japonês, o Seediq foram forçados a desistir, não somente de suas terras sagradas, mas desistir também da sua religião, modo de vida e tatuagens, suas marcas de honra e orgulho. Enquanto Mona Rudao inicialmente acreditava que a sua tribo seria poupada e, inclinando-se à hegemonia, ele finalmente percebeu que desistir de tudo - seu orgulho e espírito - faria com que Seediq desaparecesse.

Portanto, Mona Rudao mudou sua perspectiva como chefe tribal e como um guerreiro. Selvagem e implacável, ele encorajou os homens da tribo jovens para mais uma vez ganhar o direito de usar as tatuagens em seus rostos, para ser um Seediq Real, um Seediq Bale com orgulho de sua cultura e que lutasse contra os dominadores. Em 27 de outubro de 1930, a vingança do Incidente Wushe explodiu. Com fúria desenfreada, o corajosos Seediq atacaram e massacraram todos os japoneses na montanha encharcada de sangue, a fim de recuperar suas terras e reconquistar sua liberdade.

Foto da banda na época da composição do Seediq Bale
O governo japonês colonial ficou furioso. Eles ressuscitaram o ódio entre as tribos Seediq e vizinhos, a fim de que fizessem guerra uns contra os outros. Além disso, o número avassalador de soldados japoneses bem armados e bombardeios aéreos com armas químicas procurou destruir todas as tribos. Assim, o povo Seediq enfrentava a derrota iminente, a morte se aproximando pelas mãos do Exército japonês.

As mulheres e crianças da tribo Seediq se enforcaram nas árvores, para permitir que os guerreiros Seediq mantivessem a concentração no combate (ao invés de se preocupar com suas famílias). Com todos os corações conjunto de honra, os guerreiros Seediq infelizmente foram mortos um por um ou cometeu suicídio. No final, os últimos 298 Seediq foram presos na Ilha Chuan, entre Bac Córrego Gang e o rio Mei Yuan. Sua pátria materna fora devastada.

Quanto à Mona Rudao, seu corpo foi encontrado quatro anos depois, enforcado em Maho Hill. A lenda diz que apenas metade do corpo foi deteriorado. Os sobreviventes Seediq acreditam que metade do Guerreiro-Deus Mona Rudao conduziu seu povo através da ponte do arco-íris para estar com seus antepassados ​​na vida eterna. A outra metade ele vai ficar para cuidar de toda a descendência Seediq. Mona Rudao espírito, a fervorosa e eterna crença que para sempre guiará seu povo vivendo em Taiwan.

Traduzido por Felipe Hänsell
Matéria original em inglês.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

English Note: Chthonic: "Taiwan Metal"

Note from 2 August


Chthonic: "Taiwan Metal"



For Brazilians who bought their toys from Saint Seya in mid-1995, Bandai's where the realand the second line was Made in Taiwann, I will resubmit the response from "Beautiful Island" (meaning Taiwan) with the current and surprising Chthonic .


Since its participation as first eastern band at Ozzfest 2007, much has been said about the Chthonic, including in Brazil. At the time, the current album was the mystic Seediq Bale would be the first step of a very competent trilogy.


The first impression on Seediq Bale is that there is another Cradle of Filth. And they are Asian. However this is only a slight impression. The truth is that the levels reached on Chthonic melodic, mystical, which conceptual and structural of Cradle of Filth is far away.


After the impressive "Seediq Bale," the Taiwanese launched in 2009 the technical and obscure, "Mirror of Retribution" while maintaining its good structural and surprising the listener with a series of changes between light and heavy, melancholy and rage.


And in July 2011 with the release of Takasago Army, signed the Chthonic beliefs keeping the musical evolution that followed each album. This results in a break with the traditional black metal content. The Taiwanese have on issues such as freedom, democracy, patriotism and heroism, all in a cauldron full of oriental culture where Taiwanese heavy guitars, two strings violins and aborigines vocals are in harmony.




In the clip Takao, we can experience new perspectives, or hardly worked on the Extreme/Black Metal. This shows us that there is no label for the sound, but a good concept for an artwork.

Original Text in portuguese by Felipe Hänsell
English Translate by Ana Recalde

Caricaturas feitas por uma fan

Fizemos o blog há exatamente uma semana e tivemos mais de 600 visualizações. Estamos muito contentes e, cada vez mais, vamos dar o nosso melhor ;)


Divulgar a banda tem sido muito divertido e valioso para nós, porque além de conversar com os músicos volta e meia, também ganhamos outros amigos. E muitos deles são pessoas muito talentosas como a nossa amiga do Japão "Naimei Iemian", uma talentosa ilustradora!

Segue alguns desenhos feitos por ela:


Caricatura do vocalista Freddy, Chthonic
Baixista Doris

Baixista Doris (mais uma vez)

A ilustração do vocalista foi postada no seu perfil de facebook e ficou conhecida entre os fans da banda pelo mundo inteiro. Caso queira saber mais sobre o trabalho desta ótima artista, você poderá conferir em seu blog: 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Chthonic: "Taiwan-Metal"

Foto divulgação álbum "Takasago Army"


Para os brasileiros que compraram seus bonecos dos Cavaleiros do Zodíaco em meados de 1995, onde o verdadeiro era da Bandai e o de segunda linha era Made in Taiwann, eu lhes reapresento a resposta da "Ilha Formosa" (significado de Taiwan) com o atual e surpreendente Chthonic.

Desde a sua participação como primeira banda Oriental, no Ozzfest 2007. Muito se falou sobre o Chthonic, inclusive no Brasil. Na época, o album atual era o místico Seediq Bale que seria o primeiro passo de uma trilogia muito competente.

A primeira impressão que se tem ao ouvir Seediq Bale é de que existe um outro Cradle of Filth. E ele é asiático. Entretanto isso não passa de uma ligeira impressão. A verdade é que o Chthonic alcança níveis melódicos, místicos, estruturais e conceituais quais o Cradle of Filth passa bem longe.

Após o expressivo "Seediq Bale", os Taiwaneses lançaram em 2009 o técnico e obscuro "Mirror of Retribution" mantendo sempre seu bom nível estrutural e surpreendendo o ouvinte com uma série de mudanças entre o leve e o pesado, o melancólico e o furioso.

E em Julho de 2011, com o lançamento do álbum Takasago Army, o Chthonic firmou suas convicções mantendo a evolução musical que o acompanhou álbum por álbum. O que resulta em um rompimento com o tradicional conteúdo Black Metal. Os taiwaneses nos apresentam temas como liberdade, democracia, patriotismo e heroísmo, tudo isso em um caldeirão cheio de cultura oriental taiwanesa onde guitarras pesadas, violinos de duas cordas e vocais aborígenes soam harmoniosamente. 



No clipe Takao, podemos sentir novas perspectivas, dificilmente trabalhadas no Black ou Extreme Metal. O que nos demonstra que não há um rótulo para o som, mas um conceito para um bom trabalho artístico.

Texto de Felipe Hänsell

Você pode ler essa mesma matéria em Inglês;
You can read this note in English.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Videoclipe - Chthonic -Broken Jade



Artista: Chthonic
Música: Broken Jade
Album: Takasago Army

Ouvir Chthonic é uma viagem sem fronteiras para com a cultura Oriental residente na pequena ilha da República de Taiwan. Nesse clipe que mescla desenhos e fotos antigas, podemos reparar as referências históricas de pilotos de avião que morreriam pela sua pátria na segunda guerra mundial. É bom ressaltar que Taiwan sofreu vários abusos de países estrangeiros durante o fim da era de colonização. Entretanto isso é pouco apresentado para o restante do mundo. O objetivo do Chthonic e apresentar para o mundo, pela sua arte musical, toda essa história que pouquíssimos sabem e alguns que sabem, não reconhecem ou a deixam de lado.

Letra da música:

Steel, ocean winds
Fly to their kin
Smoke clouds the sky
Burns my black eyes

They come for me driven by unseen force
Through the thick smoke on a fateful course
Unseen am I, unmatched is my iron will
The smoke of gunfire growing even thicker still

They come for me
With unseen force
Through the thick smoke
Drawn by fate's course

Past lives return
Trapped within we burn
Longing returns
As my brothers burn

Lights of ancestors' eyes shine so bright in the dark
Guiding me knowingly toward my end
Steady hands carry me toward my perfect death
One last time I ask that you will defend

Cold comfort as I fall
Death coming for you all
Give my life for the sun
In fire existence undone

Past lives return
Propellers burn
Longing returns
As my brothers burn

Blades keep swirling around
Memories cannot be found

Lights of my true love's eyes shine so bright in the dark
Guiding me knowingly toward my end
Steady hands carry me toward my perfect death
One last time I ask that you will defend

Cold comfort as I fall
Death coming for you all
Give my life for the sun
In fire existence undone

Carry my soul on the winds of the sea
To darkened depths, I commend my body
Carry my soul on the winds of the sea
To mother island for all eternity

Ps: O trecho falado em Chinês, ao final da música, é a voz de um locutor anunciando o fim da guerra e a derrota dos japoneses e dos países orientais que estavam apoiando o Japão. O Taiwan era um desses países. O narrador fala o tempo todo em reconstruir, esperança e motivação, mas em nenhum momento toca no termo derrota, pois toda população ja sabia o que isso significava.

Texto de Felipe Hänsell